Contra a minha vontade, pois ando em um período de pouca “tolerância” a violência, fui assistir Tropa de Elite. E o que tenho para dizer é que se trata de um grande filme, duvido que alguma pessoa que o tenha assistido consiga ficar indiferente ao assunto. Tropa de Elite estabelece conexões com o espectador, desperta sentimentos, nos “revira o estômago” faz questionar, pensar, nem que seja... “puta que pariu”.
O que o diretor José Padilha retratou em sua obra foi a guerra travada dia-a-dia pela polícia (especificamente o BOPE) e os traficantes de drogas, a violência que se espraia por todos os cantos da cidade e que se deflagra nas favelas.
O tema do filme é bem conhecido por nós brasileiros, muitos já sentiram na pele o terror da criminalidade gerada pelas drogas. Porém, diferente de outros filmes com “variações do mesmo tema”, Tropa de Elite “diz” quem é quem nessa história. Traficantes são traficantes, policiais (existem duas espécie) e entra na roda o consumidor, pois só existem traficantes de maconha, cocaína, etc, porque há milhares de consumidores (relação de causa e efeito).
Não pactuo com a idéia de torturas e execuções, aqui entra a escala de valores. Um batalhão tortura, mas não se corrompe. Seria corrupção pior que a tortura? Depende do olhar do espectador. O morador da favela que sofre abusos por parte dos policiais, mesmo esse sendo honesto certamente acha que a corrupção é um problema menor, mas os moradores da classe média podem achar que “bandido bom é bandido morto” eis a questão do lado em que você está e vê o problema.
“Estas são as regras do jogo. Para mudar o tabuleiro não basta mudar os jogadores, precisamos mudar as regras.” O filme gerou debates que incluiu pirataria, legalização das drogas, classe média.
Nenhum comentário:
Postar um comentário